Talvez seja bastante difícil
expressar em poucas palavras o significado da Escola Gens Ianua Coeli em minha caminhada.
No ano de 2012 dei um mergulho no mais
profundo do meu eu. Nunca na superficialidade do oceano que envolve a minha
vida – tanto pessoal, comunitária, social e profissional – pude vivenciar cada
aspecto doloroso ou contagiante, de trevas ou de luz. O Ressuscitado mostrou-se
sempre um, isto é, o verdadeiro caminho em meio a tantas angústias, tantas
alegrias...
Aprendi que não é o mais forte
que vence a batalha, mas o mais simples, o mais sábio, aquele que procura estar
presente, que se faz um com o outro, que busca compreender, amar antes de
julgar.
Oh! Meu Deus, quanto
aprendi, quanto morri para minha vontade mesquinha, insolente. Saber perder com
caridade, sem resignação, sem hostilidade.
Percorri um caminho todo em Cristo, pois tudo na Mariápolis fala d´Ele,
fala sobre Ele, fala sobre Deus.
O ideal da unidade que a Obra de Maria me apresentou, mudou por
completo minha vida. Transformou radicalmente a minha estrutura física,
espiritual e moral. Física, porque não cuidava muito de mim, era bem relapso no
meu modo de vestir, como arrumava minha cama etc. Minha mãe, por exemplo,
sempre reclamava dizendo que eu devia me vestir melhor. Aqui, pois, resgatei a
necessidade de estar bem asseado por amor a mim e amor aos outros. Espiritual,
porque a Palavra de Vida me fez estar
mais atento para as coisas de Deus. Compreender a vontade de Deus, através da
Sua Palavra e dos acontecimentos. Moral, no que diz respeito ao meu
discipulado, minha verdadeira conduta diante dos irmãos e da Igreja.
“Do
amor ao irmão, do “fazer-se um” com ele, jorrou entre as primeiras focolarinas
o amor mútuo, o coração do Evangelho: “como eu vos amei, amai-vos também uns
aos outros” (Jo 13,34)
Geci Borba
Viver
a vida com Amor
Sou
Jackson Rampellotti, seminarista da Diocese de Joinville (3º ano de teologia) Ano
passado tive a graça de fazer a experiência na Scuola Sacerdotale Vinea Mea, em
Loppiano - Itália na primeira Cidadela do movimento dos Focolares. Foram muitas
as experiências vividas, foram muitos os crescimentos e superações.
Na Scuola Sacerdotale a gente descobre
muita coisa, eu descobri que eu sei cozinhar, passar e lavar roupa. Mas aprendi
que se não fizer por amor de nada adianta. Na primeira semana pediram para que
eu ajudasse a “pintar a catedrale”, ou melhor o galinheiro, este foi meu
primeiro momento de Gesú abbandonato, um frio tremendo, pintar um galinheiro,
nunca fiz isso na minha vida, mas sem pensar disse: sono d’acordo. E senti em
mim, um abandono total, e abracei aquele momento, sem reclamar, sem falar nada
fui pintando, tentando dar o melhor de mim.
Aprendi que tudo aquilo, que o meu
homem velho faria por força, por que tem que ser feito, ou por que alguma
autoridade pediu, o meu novo homem me
ensinava a fazer por amor, aquilo que eu faria por força. Fazer sem esperar nada em troca. Eis o desafio,
viver o tempo presente, silenciar como Maria, viver o agora e sentir Jesus em
cada pessoa e em nosso meio! Eis a aventura!
“Não o que eu quero, porém
o que tu queres.” (Mc 14,36).
Jackson Rampellotti
Fernando - Diocese de Blumenau
Entre os diversos carismas da Igreja há o Carisma da Unidade que encontra na
vivência do amor recíproco e na busca da construção da unidade o seu fio
condutor. O fundamento dessa espiritualidade está no pedido de Jesus ao Pai
para “que todos sejam um” (cf. Jo 17,
21) e se apresenta aos nossos tempos como uma luz a iluminar as realidades
marcadas pelo individualismo, pela descrença no amor, por sucessivas guerras
civis e religiosas, etc.
Eu tive, juntamente com cinco irmãos
seminaristas, de diversas regiões do Brasil, a graça de poder fazer uma Escola de Espiritualidade, durante todo o
ano de 2011, com o objetivo de conhecer, aprofundar e vivenciar mais concretamente
a força desse carisma e mergulhar mais intensamente em sua mística. Particularmente,
foi uma experiência singular que muito me ajudou a ser mais sensível à presença
de Deus no próximo e nas coisas simples do dia-a-dia. Quando nos dispomos de
coração sincero a fazer a vontade do Pai tudo se transforma em situação para
colocarmos o Evangelho em prática. Procurar ser um evangelho vivo, portanto,
foi um desafio constante que nos proporcionou momentos muito ricos, onde Jesus
pode se fazer presente em nosso meio como o verdadeiro Mestre, mesmo quando
nossa humanidade queria falar mais alto, não permitindo, por vezes, que a
vontade de Deus se manifestasse. Uma vez por semana nos reuníamos para fazer um
momento de partilha de vida e contarmos quais eram as experiências do Evangelho
que havíamos vivido. “Se fosse contar uma por uma, creio que o mundo não poderia
conter os livros que se escreveriam” (Jo 21,25), tamanhas foram as realidades
concertas de vivência da Palavra que experienciamos.
Além do aprofundamento espiritual, tivemos a
oportunidade de fazer a experiência do trabalho, uma vez que nos sustentávamos
por meio dele. Desenvolvemos trabalhos em dois projetos sociais que assiste
crianças carentes, bem como numa pequena empresa de móveis, na qual eu
trabalhei como auxiliar de marceneiro. Tudo o que ganhávamos era colocado em
comum a fim de suprirmos as necessidades da casa (luz, água, mercado...) e
pessoais de cada um, seguindo o exemplo das primeiras comunidades cristãs (cf.
At 2, 42-47). A Providência Divina sempre se mostrou muito presente, não
deixando nos faltar nada. Cito apenas um exemplo: uma das oficinas dum projeto
social seria artesanato, já que um dos seminaristas conhecia este ofício. Porém
não havia recursos financeiros para compra do material necessário, mesmo assim foram
abertas as inscrições para a oficina, confiando na ação da Providência. Aconteceu
que por meio de um telefonema, acabamos conseguindo parceria com uma empresa de
São Paulo que financiou boa parte dos custos. Dessa forma a oficina aconteceu e
teve um ótimo resultado.
Agora esta experiência continua aqui, na
Diocese, no seminário, no trabalho pastoral, na simplicidade do dia-a-da,
buscando constantemente ser um
Evangelho vivo, testemunhando que é possível vivermos essa unidade sonhada por
Jesus.
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